segunda-feira, 2 de março de 2009

Mais uma sexta feira. Mais uma noite no bar com os amigos. Fim de mes e, é claro, todos coçamos os bolsos procurando por moedas que paguem mais uma cerveja ou ao menos nos dê o ultimo trago da noite. Mais um jogo de sinuca que perdi, e mais um que eu sei que foi por meus erros gritantes. Conhecia pelo menos três a cada cinco que via por lá, e não foi isso que chamou minha atenção. O que me faz escrever sobre esta noite é a volta pra casa. Sem dinheiro gastável, de madrugada... Ahh, que avenida... Sozinho. Imagine o meu alívio ao coçar o bolso mais uma vez e notar que ainda me sobrava alguma coisa. Não muito, mas o suficiente para comprar dois cigarros. Andar sozinho por uma avenida, não tão longa, mas reta de uma forma amedrontante, debaixo de uma lua e nada mais, fumando um cigarro... Nunca imaginei que isso pudesse ser tão gratificante. Eu tive tempo para colocar muitos pensamentos em ordem com uma violencia que ecoava na minha cabeça. Foi incrível perceber que eu fiz, faço e farei muitas coisas para tentar contaminar as pessoas próximas com um pouco de felicidade e euforia, mesmo que às vezes me passe por ridículo. Percebi, também, que eu sei que quando algumas pessoas precisassem de duas pernas, poderiam usar as minhas ou se já tivessem as duas, as minhas estariam de prontidão para fazer companhia. E percebi que apesar disso, poucas vezes, ou talvez nunca, haverá alguém me esperando do outro lado.


Sem mais...